O reajuste dos principais itens, como o aço e o cimento, está ligado a diversos fatores, dente eles a alta do dólar sobre produtos importados e commodities, a baixa taxa de juros que facilitou o acesso aos imóveis, o desabastecimento por fornecedores que tiveram suas atividades interrompidas em decretos e ao auxílio emergencial, que elevou a procura por esses insumos para reformas e construção de casas.
Produtos importados como aço, alumínio, cobre, assim como elevador e outros equipamentos, acompanham a alta do dólar.
Segundo levantamento feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o aço, por exemplo, acumula alta de 14,5%, em setembro em relação a março deste ano. No mesmo período, o PVC teve reajuste de 73,6% e, o cimento, aumento de mais de 32%. Segundo algumas construtoras, até mesmo o bloco cerâmico chegou a ter alta de aproximadamente 40%.
Aquecimento
O diretor de Marketing da Ademi, Marcelo Moreira, aponta, por outro lado, que a indústria ligada a construção ou reformas está toda demanda. Aliado a isso, há aumento no preço dos insumos. Em novembro houve aumento de 40% somente no aço. O cimento e outros materiais também seguem em alta.
Segundo Marcelo Moreira, no início da pandemia houve um “susto” no setor, já que o consumo caiu bruscamente. No entanto, com o passar do tempo, as famílias, que ficaram mais em casa devido ao isolamento social para combate ao coronavírus, passou a “notar” a casa.
Assim, passou a ter mais demanda para reformas e saída do aluguel. Ou seja, por compra de casas e apartamentos.
Aliado a isso soma-se a baixa taxa selic, que gira em torno dos 2%, o que reflete na queda de juros do crédito imobiliário, com juros de 5% a 6% ao ano. “Quando os juros caem, as parcelas também seguem em queda, o que torna o ambiente favorável para a compra de imóveis”, avalia.
Do mesmo modo toda a cadeia de reforma registrou aquecimento, para fornecedores, trabalhadores, setores de mobília e acabamento.
Além disso, há boas previsões para os próximos dois anos. Segundo Marcelo Moreira, é possível que a taxa selic continua baixa, o que favorece a entrada em financiamentos. “Alguns bancos chegam a financiar hoje até 90% do valor do imóvel, com sinal muito baixo. O que é muito atrativo”, diz.
Por Eduardo Pinheiro
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