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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Mercado de imóveis em Porto Alegre apresenta aquecimento, indica pesquisa


Marcelo Beledeli
O mercado de imóveis na Capital gaúcha está em aquecimento, com aceleração de vendas e preços atrativos de apartamentos já prontos. Essas são algumas das conclusões obtidas através da pesquisa “Panorama do Mercado Imobiliário – Porto Alegre”, realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), em parceria com a Alphaplan Inteligência em pesquisas e a plataforma Órulo, lançada nesta quinta-feira (29). O estudo apresentou os dados referentes a vendas, lançamentos e ofertas de imóveis novos em setembro de 2020 e aos últimos 12 meses.
Segundo a pesquisa, em setembro deste ano, foram vendidas 539 unidades com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 341 milhões. A velocidade de vendas (relação das vendas sobre a oferta) foi de 8%. De acordo com o Sinduscon-RS, esse percentual demonstra aceleração nas vendas e recuperação no consumo do estoque da cidade.
Para Aquiles Dal Molin Júnior, presidente do Sinduscon-RS, o isolamento social imposto para combater a pandemia de Covid-19 acabou ajudando o mercado imobiliário residencial. “As pessoas passaram mais tempo em casa, viram os problemas em suas residências e sentiram uma necessidade de melhor qualidade de vida. Isso gerou um desejo de compra na população”, explica o dirigente.
Esse movimento pode ser verificado nas vendas de apartamentos maiores, que oferecem mais conforto. Segundo a pesquisa, das 380 unidades residenciais verticais comercializadas em setembro (60% dos imóveis vendidos em setembro em Porto Alegre), 39% foram apartamentos de três dormitórios, seguidos pelos de dois dormitórios (33%).
Além disso, o mercado imobiliário também sente os efeitos dos patamares mais baixos da história dos juros (a taxa Selic está a 2% ao ano). “As prestações estão mais baixas, e os investimentos em renda fixa tem baixa atratividade. Isso incentiva quem tem recursos a aplicar em imóveis, seja para melhorar sua qualidade de vida ou como investimento, até para locação, esperando uma valorização futura”, explica Dal Molin.
A expectativa de aumento dos preços dos imóveis também está manifestada na pesquisa do Sinduscon. Segundo o levantamento, os preços do metro quadrado dos imóveis prontos estão abaixo dos lançamentos. Por exemplo, para apartamentos entre 66 e 85m² - o segmento que mais registrou vendas em setembro, com 1.032 unidades comercializadas - , os que estão prontos apresentaram preço médio de R$ 9.011/m². Já os lançamentos nesta faixa eram cotados a R$ 13.426/m².
“Os imóveis que estão prontos não pegaram o período de valorização das matérias-primas da construção, que estão elevando os custos dos novos prédios”, explica o presidente do Sinduscon-RS. Segundo Dal Molin, essa situação indica que os apartamentos já entregues pelas construtoras estão com preços abaixo da média de mercado em relação às unidades novas, apresentando uma oportunidade interessante para investidores que quiserem apostar em valorização futura dos imóveis. “Para quem quiser aproveitar um bom negócio, agora é hora de comprar apartamentos prontos”, destaca o dirigente.
Os consumidores já estão aproveitando essas oportunidades. Quando considerado o estágio da obra das unidades comercializadas, 94% das vendas do mês foram de imóveis prontos e em construção. Segundo o Sinduscon-RS, isso indica um desejado consumo do estoque de imóveis que estavam em negociação ou no mercado nos últimos meses.
A pesquisa apontou ainda que o acumulado de lançamentos nos últimos 12 meses (outubro 2019 a setembro 2020) foi de 2.466 unidades, concentrados em apartamentos de até 30m² de área privativa.
Em setembro foi registrado um estoque de 6.536 unidades e 353 empreendimentos, com um total de R$ 4.902 milhões em VGV, sendo o valor médio por metro quadrado de R$ 10.441. Nesse universo, o residencial vertical participa com 69%; o comercial com 13%; a Casa Verde Amarela (programa de habitação popular) com 13%; e as unidades horizontais com 5%.
Por fim, 50% das vendas foram concentradas em cinco bairros no mês de setembro. São eles: Humaitá representando 19% do total das vendas, seguido dos bairros São João com 9%, Jardim Lindóia com 8% e Petrópolis com 8% (29 unidades) e Auxiliadora com 7% (28 unidades).

Fonte Jornal Comércio



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