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quarta-feira, 20 de maio de 2020

É hora da casa própria?


Juros baixos animam quem pretende comprar imóvel, mas financiamento dura anos e requer cuidados

A queda da taxa básica de juros (Selic) para patamares historicamente baixos no Brasil fez reacender na cabeça do brasileiro um sonho que parecia um pouco esquecido: o de financiar a casa própria.

O custo do financiamento nunca esteve tão baixo no país. Com a Selic a 4,25% ao ano, os bancos já oferecem linhas de crédito na casa dos 7% ao ano —bem diferente dos dois dígitos, em média, de quatro anos atrás, quando a Selic atingiu 14,25%.

Repensando o aluguel

O dentista André Carvalho, 32, mora na cidade de São Paulo há cerca de dez anos e sempre optou pelo aluguel. De um ano para cá, porém, passou a reconsiderar a decisão.

"O preço do financiamento era bem maior que o do aluguel, o que praticamente tornava inviável essa opção para mim. Agora, o preço do financiamento com os juros e as taxas está pouco acima do que eu pago. Então, para mim, começou a valer a pena eu comprar um apartamento financiado em vez de deixar meu dinheiro no aluguel."

André Carvalho, dentista

Mais gente financiando

Carvalho faz parte de um mercado que vem crescendo desde que os juros começaram a cair, em 2016.
Segundo dados da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a cada redução de um ponto percentual nos juros do financiamento de um imóvel, o número de famílias que conseguiriam comprá-lo sobe até 20%.

Não à toa, o financiamento imobiliário cresceu 15% em 2019, segundo a Abecip (Associação 
Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), que espera um 2020 também positivo.

A associação entre juros baixos, novos produtos de financiamento, com taxas que seguem a inflação, e a diminuição do programa Minha Casa Minha Vida fez com que muita gente procurasse novamente os bancos para analisar um financiamento imobiliário. Mas, afinal, vale a pena?

Por Vinícius Pereira



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